Egili Oliveira, rainha de bateria da Acadêmicos de Vigário Geral desde 2019, escola em que desfila pela Série Ouro na Sapucaí (a terceira do dia 9 de fevereiro), tem sambado em outras freguesias.
No caso, no anfiteatro da Praça Almirante Júlio de Noronha, no Leme, dando aulas aos interessados em aprender o gingado, no intensivão “Maratona Afrosamba”, sempre aos domingos (14, 21 e 29/01), às 9h. “São aulas de afro e samba em que trabalho postura, caminhada, conexão consigo mesma, a autoestima, tudo isso focado nas mulheres. E no Leme, porque eu já era conhecida no bairro desde a minha época de musa da São Clemente, quando já dava aulas de samba em épocas de carnaval; antes, elas aconteciam na praia”, diz Egili.
“O samba tem origem nas danças africanas. O que significa afro-samba? É a transição da dança afro para o samba. A partir do momento em que você conhece, aprende os movimentos da dança afro, você tem aquele equilíbrio, você tem a postura. E aí é só juntar os passos, que a pessoa sai dançando samba”, explica ela.
Egili tem 43 anos, nasceu na Bahia, cresceu em Niterói e escolheu o Morro Santa Marta, em Botafogo, para viver. Foi passista do Salgueiro por 10 anos, até sair do Brasil pela primeira vez, em 2007, para realizar o sonho de ser rainha do carnaval, já que, por aqui, não conseguiu porque ouvia sempre o argumento de que era “preta demais”. Daí vem o título do doc “Egili – Rainha retinta no carnaval”, da diretora e roteirista alemã Caroline Reucker, que vive no Rio desde 2021, mostrado pela primeira vez no Festival do Rio, em outubro passado.
Foi rainha do carnaval da Suécia, madrinha do carnaval da Finlândia, madrinha do maior evento de passistas e bateria da Argentina e também rainha do carnaval de Nunavut, no Canadá.
Para participar das aulas, mande um direct no Instagram @egilioliveira.