O lançamento de “Gilberto Braga, o Balzac da Globo” (Intrínseca), nessa terça (30/01), foi como qualquer autor gosta: filas sem fim, caso, talvez, para uma personagem do novelista comentar (ouvido de uma jornalista): “Lançamento de livro é uma tortura institucionalizada”, o que daria para medir o sucesso da noite de autógrafos de Mauricio, do livro sobre a vida de Gilberto, um exemplo de percurso, digamos assim, autor de muitos dos maiores sucessos da emissora carioca: de Escrava Isaura a Dancin’ Days, de Anos Dourados a Anos Rebeldes.
Stycer recebeu mais de 15 horas de gravações de Artur Xexéo, morto em 2021, antes de concluir o trabalho. O videomaker Paulo Severo, viúvo de Xexéo, comentou: “Gilberto me ligou e perguntou quem poderia dar continuidade ao trabalho do Artur. Eu recomendei o Maurício. E fico feliz que tenha dado tão certo”. Tanto um quanto outro sempre tiveram a história da TV brasileira de cor.
E seguiu-se para a vida de salão, depois da conversa entre Stycer e Ricardo Linhares, amigo e autor com Gilberto de inúmeros trabalhos, que precedeu os autógrafos. Via-se muita gente amada por Gilberto, como o viúvo Edgar Moura Brasil, a irmã, a historiadora Rosa Maria Araújo, algumas atrizes que trabalharam com ele, sempre a contar as boas lembranças. Talvez tão boas quanto as que Mauricio Stycer, paulista-nascido-no-Rio, deve levar da cidade: pode estar até agora se recuperando da emoção.