A artista plástica Rafa Mon assina o desenho das camisas dos integrantes da bateria do Salgueiro, assim como as estampas dos instrumentos e uma grande bandeira em homenagem ao indigenista Bruno Pereira e ao jornalista britânico Dom Phillips, mortos em 2022 durante uma viagem pelo Vale do Javari, terra indígena a oeste do estado do Amazonas. Uma estátua deles também vai estar na penúltima alegoria e eles também são lembrados no samba-enredo, no trecho “antes da sua bandeira, meu vermelho deu o tom / Somos parte de quem parte, feito Bruno e Dom”.
O povo Yanomami será o grande homenageado no desfile da Vermelha e Branca da Tijuca, com o título “Hutukara”, que significa “o céu original a partir do qual se formou a Terra”.
No domingo (21/01), o bandeirão foi mostrado pela primeira vez na Sapucaí, no ensaio técnico da escola – no tecido, o rosto dos ativistas junto das palavras “fora garimpo”, sobre as atividades praticadas, muitas vezes, de forma clandestina. “Foram meses de trabalho com a bateria Furiosa. Desenhei com muito amor todas as camisas, as estampas dos instrumentos e a linda homenagem a Dom e Bruno, o que faz com que meu trabalho tenha real significado”, diz Rafa.
No ano passado, Dom e Bruno também foram homenageados pelo Porto da Pedra, escola de São Gonçalo, que foi a campeã da Série Ouro, com enredo sobre a Amazônia.