Blocos não oficiais que desfilam no carnaval do Rio vão fazer um ato na Cinelândia, na segunda (29/01), pedindo mais segurança nas ruas. O protesto está sendo organizado pelo movimento Desliga dos Blocos depois que duas pessoas foram esfaqueadas em um arrastão depois de um cortejo no Centro, no último domingo (21/01).
Em uma publicação, a Desliga disse que “os poderes instituídos do Rio, mesmo tendo informações mais do que suficientes sobre as dinâmicas do carnaval de rua, preferem deixar a população que frequenta os blocos à própria sorte” e que “dividir a festa entre ‘oficial’ e ‘não oficial’ é apenas uma forma de negar aos cidadãos direitos constitucionais”.
As ligas de carnaval vêm percebendo um aumento no número de blocos informais nos últimos anos. Entre os motivos apontados estão mudanças no comportamento do folião, com o desejo por mais liberdade no trajeto e a preferência por bandas no chão com músicos de sopro e percussão, ao invés de carro de som ou trio elétrico. Neste ano, a Riotur autorizou a realização de 453 desfiles, número bem inferior aos carnavais pré-pandemia, como em 2018, quando foram 608 cortejos.