O Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Cultural Rio de Janeiro pediu esclarecimentos ao Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) sobre o Cemitério Israelita de Inhaúma. A denúncia que o grupo recebeu é que o local está abandonado e fechado para visitação, pelo menos, desde 2022.
O cemitério é tombado pelo município desde 2010. Foi criado em 1916 por uma associação de mulheres judias que chegaram ao Brasil com a promessa de encontrar trabalho, mas que, sem conseguir, acabaram se prostituindo. Rejeitadas pela comunidade judaica e sem direito a um funeral tradicional, acabaram criando o espaço, que ficou conhecido como “cemitério das polacas”. O decreto de tombamento fala da “importância de garantir a estas mulheres uma memória que não as condene eternamente”, e saúda “mulheres que em um ambiente hostil se uniram para garantir sua sobrevivência”.
O Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Cultural, criado em 2019, reúne representantes de entidades e coletivos para o acompanhamento das políticas e órgãos de responsabilidade para o patrimônio cultural. Além do grupo, assinam o manifesto o Instituto Brasil-Israel, Judeus pela Democracia e a Sociedade Brasileira de Sociologia.