Muitos dos artistas com que você convive nas telinhas da TV ou em palcos dos teatros cariocas saíram ou tiveram alguma experiência no Teatro Oficina, em SP, criado em 1958 por Zé Celso Martinez Corrêa (1937-2023).
Nessa quinta (16/11), a Companhia de Teatro Oficina Uzyna Uzona retomou as atividades, com a estreia da sua primeira montagem depois da morte do seu fundador, com “O Jogo do Poder”, traduzida e adaptada por Carlos Queiroz Telles (1936-1993), também um dos fundadores, a partir de 36 textos das peças teatrais de William Shakespeare, dirigida por Marcelo Drummond, viúvo de Zé Celso. Este ano, o Oficina completa 65 anos e é a companhia de teatro mais antiga do país.
Numa das primeiras cenas, o Oficina mantém sua essência debochada, com um dos vilões tratado como o “Rei da TV”, uma citação ao empresário Silvio Santos, com quem Zé brigou na Justiça por 40 anos – o dono do SBT comprou o terreno ao lado do teatro e quis construir um prédio, porém Zé queria criar o Parque do Rio Bixiga e, se depender do pessoal do Oficina, a treta vai continuar.
Com cenas de nudez, música e videoteatro, a montagem reuniu muitos fãs de Zé, em lista dos relações-públicas Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho.