O atleta dinamarquês Anders Hofman, 33 anos, está no Rio, para lançar o documentário “Iceman”, no Village Mall, na Barra, nesta segunda (27/11), a partir das 20h, depois de ganhar como melhor doc no Rome Independent Film Awards, no Los Angeles Film Awards e no Prêmio Especial do Júri no Riviera International Film Festival.
Anders está morando em Copacabana, há pouco mais de um mês, vindo da friaca direto para a onda de calor — ele é o único na história a completar uma prova de longa distância na Antártida, a qual chamou “Iceman”, a versão gelada do tradicional Ironman, que aconteceu em 2020, antes da pandemia, quando nadou 3.8 Km, pedalou 180 km e correu 42.2km, enfrentando temperaturas abaixo de zero e tempestade de neve.
Na última semana, por exemplo, nem estava tão infernal; mesmo assim, ele ficou aliviado ao tomar seu primeiro banho de gelo no Rio. “O calor é incrível, e nem é verão ainda! Pensei que, depois da maratona, estaria livre de climas e temperaturas extremas, mas treinei no calor de 2 da tarde, nas areias da praia. Estou sendo testado na outra extremidade”, diz ele em português, para aprender o idioma.
Anders Hofman está no Brasil também por outro motivo: o “Projeto 30”, em que pretende reiniciar sua carreira no futebol e jogar pelo seu país na Copa de 2026. “Como tenho 33 anos, a maioria das pessoas provavelmente dirá que é tarde demais… Mas é por isso que a mensagem continua a mesma: limitações são percepções. Nos últimos anos, tenho me preparado pesadamente; o progresso tem sido insano, estou pronto e, agora, no país do futebol”, diz ele, que tem treinado em campo e nas areias, com o carioca Marcos Vieira, campeão mundial de futmesa, e com Vanessa Tabarez, atleta profissional de futevôlei. “O Marcos está pacientemente me ensinando como ‘dançar’ com a bola, porque eu sou muito rígido”, conta.