O funk tomou conta do “Vibra Open Air”, no Jockey, nessa sexta (20/10), com sessão de “Nosso Sonho”, cinebiografia do fenômeno Claudinho (morto em 2002, num acidente de carro) e Buchecha, dirigido por Eduardo Albergaria. Foi noite de superlotação (os 1,5 mil lugares sentados todos ocupados e os mais 1,5 da festa pós-sessão).
Ninguém ficou parado nem calado durante as duas horas do longa sobre os garotos de Niterói que conquistaram o Brasil no início dos anos 1990, embalado pelos hits que todas as gerações conhecem e são indispensáveis nas festinhas, como “Rap do Salgueiro”, “Quero te Encontrar” e “Fico Assim Sem Você” – as crianças que estavam lá também piraram.
No fim, o show de Buchecha e convidados, como o ator Nando Cunha, que interpreta o pai do cantor no filme. “Naquela época, as letras de funk falavam muito dos problemas sociais; tudo bem, pois era a realidade que a gente vivia. Mas eu e o Claudinho escolhemos falar de amor. Éramos dois meninos pretos, e a gente sabia que o nosso povo já trazia uma carga pesada, então, não queríamos abordar isso na nossa música também. Queríamos fazer algo que fosse leve, que trouxesse paz, e eu acho que a gente conseguiu”, definiu Buchecha.
O funk melódico dominou por mais de uma hora, até que o show terminou, e entrou a festa “Heavy Baile”, com clássicos e alguns, digamos, “pesadões”: Os joelhos, coitados, sofreram.