Entre os tantos eventos que acontecem no Rio este mês, está o congresso mundial da Confederação Internacional de Autores Audiovisuais, a AVACI (em Inglês, Audiovisual Authors International Confederation), cuja abertura foi nessa terça (02/05), no Sheraton, no Leblon, com o povo que aparece por trás das câmeras.
Até sexta (05/05), diretores, roteiristas, gestores e advogados do audiovisual de 50 países apresentam um panorama sobre direitos autorais, no encontro que acontece pela primeira vez no Brasil, em parceria com a Diretores Brasileiros de Cinema e do Audiovisual (DBCA) e a Gestão de Direitos de Autores Roteiristas (Gedar).
O Brasil é o segundo mercado de assinantes da Netflix, só perdendo para os EUA, mas é um dos mais atrasados na remuneração de direitos autorais a roteiristas e diretores — empresas de streamings aproveitam a clientela farta, mas não pagam aos seus autores, como fazem Espanha, França, Chile, Colômbia e Argentina.
“É uma feliz coincidência que o evento aconteça aqui, no momento em que a luta pelo pagamento de direitos autorais dos diretores e roteiristas pela exibição pública de obras está no Congresso Nacional e busca a atualização da Lei de Direitos Autorais (LDA)”, diz o advogado Henrique de Freitas Lima, presidente da DBCA.
“Nos países que reconhecem esse direito, como a Argentina, o valor recebido foi fundamental, por exemplo, para socorrer profissionais durante a pandemia”, completa Thiago Dottori, presidente da Gedar.