À frente de três galerias em Fortaleza (Multiarte), Rio e São Paulo (Pinakotheke), Max Perlingeiro é um dos principais nomes do mercado de artes plásticas do País. Formado em Engenharia Química, ele entrou no mundo das artes despretensiosamente e acabou se tornando um dos maiores curadores e colecionadores — conviveu com artistas como Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti.
A partir desse breve histórico, dá pra ter uma noção de como ele se sentiu ao ver as obras de arte destruídas no Congresso Nacional: “Lembrei-me da exposição ‘Arte Degenerada’ em Munique, 1937, quando Hitler mandou destruir as obras para humilhar os artistas, alguns por serem judeus. Os artistas sempre são insultados quando destroem a sua obra”, diz ele.
Max avaliou algumas das peças destruídas ou danificadas pelos vândalos, como a tela “As mulatas” (1962), de Di Cavalcanti (1897-1976), R$ 8 milhões; escultura de Frans Krajcberg, R$ 600 mil; escultura “Bailarina”, de Victor Brecheret, R$ 800 mil; “O Flautista”, de Bruno Giorgi, R$ 200 mil.