A imagem de hoje é pra lembrar que, nesta quinta (19/01), o Memorial às Vítimas do Holocausto, no Parque Yitzhak Rabin, no Mirante do Pasmado, em Botafogo, abre para visitação geral. O projeto, do ex-deputado Gerson Bergher (1925-2016), é para preservar e tornar conhecidas as histórias das vítimas do nazismo que atingiu judeus, ciganos, negros, pessoas com deficiência física e mental, LGBT+, testemunhas de Jeová e maçons.
Além da vista de 360 graus com alcance ao Pão de Açúcar, a Enseada de Botafogo e o Cristo, foi construído um monumento de 20 metros de altura, dividido em blocos que representam os Dez Mandamentos, com destaque para o “Não Matarás”. “Mesmo sendo o sexto mandamento, ele sustenta os demais por ser fundamental a preservação da vida”, diz Ariel Bergher, diretor da Associação Cultural Memorial do Holocausto.
Segundo a história, das 11 milhões de vítimas, 6 milhões eram de judeus e 5 milhões de outras minorias. “É um espaço de reflexão para todos. Além da preservação da memória, que é fundamental, pretendemos transmitir os valores para que a história não se repita. Queremos que os visitantes possam absorver alguns dos princípios e saiam melhores do que entraram”, destaca Alberto Klein, Presidente da Associação Cultural Memorial do Holocausto.
E ainda tem a exposição, no subsolo da praça, com memórias e depoimentos de vítimas e sobreviventes em imagens, áudios, sons, relatos e conteúdos interativos, como o da princesa Maria Karoline, bisneta de D. Pedro II, morta na câmara de gás por ter deficiência, ou do jovem Mordechai Anielewicz que, com 24 anos, liderou a resistência no gueto de Varsóvia, entre outras.
Além da mostra permanente, o monumento terá espaços para mostras temporárias, café, área multiuso para atividades educativas e culturais e um programa montado para atender a estudantes do ensino público e privado.