Uma só imagem é pouco para mostrar a exuberância – não tem outra palavra – do Real Gabinete Português de Leitura, no Centro (Rua Luiz de Camões). Além do cenário natural do Rio, temos que destacar as belezas arquitetônicas de uma das bibliotecas mais antigas e famosas da América Latina, reconhecida como uma das 50 “mais majestosas” do mundo pela página “Architecture & Design”, dedicada à arquitetura e ao design de interiores, ficando em 3º lugar.
O guia “Civitatis”, líder em distribuição online de visitas guiadas, excursões e atividades em diferentes idiomas, também lista o local entre as 10 bibliotecas mais bonitas do mundo.
A instituição foi fundada em 1837 por um grupo de 43 imigrantes portugueses refugiados políticos para promover a cultura na então capital do Império. O estilo neomanuelino foi projetado pelo arquiteto português Rafael da Silva e Castro e construído entre 1830 e 1837, inspirado no Mosteiro dos Jerónimos de Lisboa, com fachada em pedra de lioz trazida de navio para o Rio.
No entanto, o interior é que fascina, com uma claraboia iluminando as antigas prateleiras de madeira e um acervo de mais de 350 mil volumes. O Real Gabinete recebeu as cinco primeiras sessões solenes da Academia Brasileira de Letras, à época, sob a presidência de Machado de Assis.