É a Prefeitura consertando e limpando e o povo destruindo. A história se repete com praticamente em todos os pontos do Rio. O restaurador Marconi Andrade indicou pichação em vários trechos dos Arcos da Lapa e, nesta quarta (11/01), uma equipe da secretaria de Conservação esteve por lá e trabalhou para remover a tinta aplicando nova camada de cal.
Anna Laura Valente Secco, secretária de Conservação, diz que é a 5ª vez que agentes da Prefeitura estiveram no local para remover pichações desde a revitalização completa, em julho passado, depois de cinco anos sem manutenção. Os arcos passaram por raspagem, limpeza e caiação (pintura com cal) para recuperar o tom intenso de branco, ou seja, uma tela perfeita para as gangues de pichadores. Custou mais ou menos R$ 1,3 milhão.
A cor branca não vem de tinta, mas de cal virgem, segundo os especialistas, para permitir que o monumento tombado respire e não se deteriore por trás da pintura. Além disso, a caiação é a mesma técnica usada na época da construção do antigo aqueduto, inaugurado em 1750, que precisa ter suas características originais preservadas.