Há 11 anos fora da TV, a atriz Gabriela Alves tem se dedicado à terapia no Spa Maria Bonita, em Nova Friburgo.
Quando gravava “Tropicaliente” (1995 e atualmente no Globoplay), em que interpretava Pitanga, uma garota insegura e complexada, resolveu mudar a alimentação, adotando o conceito higienista (dieta baseada, principalmente, em alimentos crus), o que, segundo ela, mudou sua vida e seu corpo. “Ao longo desses 50 anos, vivi muitas vidas como atriz, o que me deu a oportunidade de mergulhar não só em diferentes universos, mas também na minha vida pessoal. Sempre fui uma pessoa de me jogar e nunca deixei de fazer nada por causa do medo”, diz ela.
Há mais ou menos 20 anos, ela desenvolve trabalhos de expansão da consciência e qualidade de vida no Spa, onde já reuniu centenas de pessoas em retiros de autoconhecimento, cura e transformação, como jornadas xamânicas e círculos do Sagrado Feminino, além de formação em vários cursos. Com a mãe, Tania Alves, ela comanda o “Réveillon Eleva 2023” e, como todos os chalés esgotaram rapidamente, ela já pensou outros eventos para março, como o “Curando o feminino”, no mês da mulher, além de outras imersões durante o ano.
Para começar bem 2023? “Equilíbrio! Estamos num momento de muitas intensidades. A hora agora é de se voltar pra dentro e avaliar o que realmente é significativo para si próprio. Qual o caminho que é preciso tomar para ter mais qualidade de vida? Qual o chamado do seu coração? Buscar uma vida mais equilibrada é, mais do que nunca, fundamental”.
O equilíbrio num mundo tão tecnológico e polarizado é tarefa complicada?
“Somos formados por quatro principais corpos: mental, emocional, físico e espiritual. Avaliar o conjunto é fundamental para encontrar esse equilíbrio. Não adianta cuidarmos do plano material e não cuidarmos da alma. Não adianta cuidarmos da mente sem cuidarmos do coração. Se desejamos uma vida plena, precisamos aprender a olhar para o todo, caso contrário, nos manteremos fragmentados”.
E completa: “Como dizia o povo Hopi (tribo índigena dos EUA), ‘nós somos aqueles por quem estávamos esperando’. A pandemia foi um grande momento, não de privação, isolamento ou confinamento, mas uma oportunidade de cura da humanidade e de resgate do equilíbrio da natureza. Um tempo de recolhimento, fazermos nossos laços, regenerar nossas raízes, para que possamos, enquanto humanidade, crescer num solo mais fértil e, por que não dizer, humano.”
Foto: Felipe Panfili