E assim, num piscar de olhos, o ano acabou. No susto. Susto foi o sentimento mais presente, além do medo.
Ano difícil, sofrido, com uma carga de energia negativa e pesada, inúmeras brigas e grandes perdas. Isso não sou só eu que digo. Sinto uma insatisfação geral. Pois é, dezembro chegou. Mês da confraternização, amor, união, ou mês oficial da falsidade? Eu, pelo menos, sempre espero que essa data reúna e aproxime famílias que raramente se encontram e que muitos nós se desfaçam.
Mesmo que essa “paz” seja momentânea, já vale muito. Cada minuto bem vivido no meio do caos não tem preço. Então, nesse caso, viva a falsidade porque ela nos cerca diariamente. Não seria diferente no Natal. A única diferença é que, nessa época, devemos disfarçar e fingir normalidade. Não estou generalizando, apenas tentando ser um pouco tragicômica, mas lembrando que toda brincadeira tem um fundo de verdade….
E no final, estar às voltas com parentes, amigos, bichos que amamos é fundamental para a saúde mental, mas a realidade é que sempre seremos nós por nós mesmos.
E como sempre digo, o pensamento é livre; a palavra, não. Podemos pensar tudo, absolutamente tudo que quisermos, e ninguém pode nos impedir. Quanto às palavras, é para pensar dez vezes antes de falar, porque ela pode tanto emocionar, acariciar, iluminar, quanto machucar e ferir, o que pode fazer uma grande diferença. Faça do que você diz um belo presente de Natal.
Carla Benchimol é suíço-ítalo-brasileira, porém mais carioca do que todas. É formada em Administração de Empresas, curiosa, bem-humorada, estudiosa e persistente, além de apaixonada por novas descobertas.