Parece roteiro: na madrugada deste sábado (26/11), a escultura de Juscelino Kubitschek sumiu da Orla Bardot, em Búzios, deixando a cidade alerta e todos os órgãos públicos loucos. No fim, tudo não passou de um mal-entendido. Que tal? A estátua, feita pelo escultor Hildebrando Lima, inaugurada em 2006, foi um presente a Paulo Soares Penido (que morreu em 2020), da família de Oswaldo Penido, ministro-chefe da Casa Civil de JK na década de 1950, que tinha um casarão do século XVIII no balneário; hoje, um restaurante.
O monumento foi retirado a pedido da advogada Ísis Penido, viúva de Paulo. Ela explicou ao jornal “Folha de Búzios” que não conseguiu cancelar a remoção da escultura a tempo, antes de pedir autorização à Prefeitura. Os funcionários que tiraram a estátua não sabiam do “detalhe” e cumpriram o combinado. Ao jornal buziano, Isis disse: “Foi uma grande falta de comunicação. Estive com o prefeito Alexandre Martins há dois meses e pedi para restaurar a estátua, porque sou guardiã da memória do meu marido. Queria deixar tudo lindo como era e mandar para o escultor que fez a imagem e mora no Rio. Pedi a uns profissionais que trabalham pra mim que a pegassem porque eu iria tomar as providências legais – sou advogada, não estou brincando, mas eu estava com parente doente no hospital, e eles, não conseguindo se comunicar comigo, mantiveram o plano”, contou.
E continuou: “Eles pegaram a escultura sem esconder; foram vistos, filmados. Estavam fazendo o trabalho deles, mas não conseguiram falar comigo para saber sobre a parte legal. Foi uma grande falta de comunicação.”
O prefeito foi até suas redes acalmar a população e contar sobre o caso. Disse que JK voltará brevemente ao seu lugar de origem.