Além de criador e exportador de gado, fazendeiro, ex-presidente da Monteiro Aranha e da Associação Comercial do Rio, vascaíno, jogador de polo, Olavo Monteiro de Carvalho, falecido nesta quinta (20/10), no Copa Star, aos 80 anos, por um AVC, foi um grande personagem da vida carioca. Como membro de uma das mais tradicionais famílias da cidade, era destacado em todas as gerações.
Foi casado três vezes: com Betsy Salles (com quem teve as filhas Isabela, Maria, Ana e Júlia), Andrea Dellal e Cláudia Reali, sempre declarando sua admiração às mulheres. Olavo, de grandes amigos em todos os perfis, gostava de dar festas grandiosas — fosse para Mick Jagger, fosse para um local, entrava em cena cariocas variadas, com a mesma generosidade do anfitrião, no seu cenário preferido no mundo: sua casa, seu bairro, sua cidade.
Era também um símbolo social, principalmente no Brasil e na França, como toda a sua família, ao mesmo tempo que sempre prezou pela simplicidade.
Um dos seus grandes prazeres era falar do Instituto Marquês de Salamanca (IMDS), fundado por ele em 1997, que cuidava de crianças carentes, com creches e escolas, mudando a vida de milhares delas, em Santa Teresa, bairro que morava e adorava. Dedicava grande tempo a esse trabalho; costumava dizer que nada na sua vida se comparava ao IMDS. A filantropia foi o grande passo para Olavo Egydio Monteiro de Carvalho, nobre pelas atitudes e pelo título herdado do avô espanhol, Marquês de Salamanca.