Acho interessante quando algum cliente chega e diz assim: “Leticia, o cartão veio muito alto este mês!”
Como assim? O cartão veio alto? Ele criou perninhas e foi à loja comprar sem que você percebesse ou, ainda, abriu o computador e fez uma compra online na calada da noite?
Claro, que não! Foi a própria pessoa que gastou além da conta. E, para que ela possa modificar essa situação, precisa se responsabilizar pelos seus atos!
Mas o cartão não precisa sempre ser o vilão – se utilizado com planejamento, pode ser um grande aliado.
Primeiro, porque a pessoa pode ganhar alguns dias para efetuar o pagamento, enquanto seu dinheiro fica rendendo na aplicação no banco ou na corretora. Segundo, porque é possível ganhar milhas ou cash back pelas compras efetuadas. Terceiro, porque pode facilitar o controle financeiro, já que as compras vêm todas detalhadas, e a pessoa faz o pagamento num dia só, e não picadinho, ao longo do mês.
Por outro lado, sabemos que muita gente ainda não se organizou o bastante e acaba se enrolando com a fatura do cartão. Muitas delas, inclusive, têm inúmeros cartões e se perdem, utilizando todos os limites. Depois, não têm dinheiro para pagar quando chegam todas as faturas.
Portanto, acredito que nem sempre o cartão de crédito é um vilão. Mas isso vale para aqueles que conseguem se organizar e ter disciplina para não gastar além daquilo que cabe no orçamento. Para os demais, sugiro abolirem o cartão de crédito, pelo menos até que se organizem o suficiente.
E você, como vê o cartão: como aliado ou como vilão?
Foto: Agência Brasil
