Quem esteve no CCBB, nesse sábado (06/08), para a mostra “Portinari Raros”, teve a sorte de dividir a experiência com Rebeca Ovilha, a ovelhinha carioca. Sim, uma ovelha mesmo, de quatro patas, acompanhada do dono, o bancário Evilásio Carneiro — reparou o sobrenome? Rebeca tem pouco mais de dois anos e foi adotada logo que nasceu, depois de rejeitada pela mãe. Desde então, circula pela Zona Sul, fazendo sucesso, já com 15,4 mil seguidores no Instagram. “A primeira exposição que visitamos foi ano passado, a convite do Noé Klabin (‘Inconsciente Consciente’). Ele mandou o motorista nos buscar. Quando soube que teria a exposição sobre a Amazônia, no Museu do Amanhã, fiquei com vontade de visitar com a Rebeca, por envolver flora e fauna, e por falarmos de amor à natureza. Fomos muito bem recebidos no domingo passado (31/07) e deixaram a Rebeca ficar solta. Foi assim que decidimos fazer um tour pelos museus do Rio, como na exposição Portinari e um workshop no CCBB”, conta Evilásio à coluna, que mora na Ilha do Governador com sua melhor amiga.
Você deve estar se perguntando: como pode uma ovelha no museu? Rebeca é um animal de suporte emocional, podendo entrar nos lugares ou fazer viagens com o dono. No início da pandemia, Evilásio perdeu o emprego, teve crise de ansiedade e seu terapeuta recomendou que ele adotasse um animal de estimação. Pensou em cão, sim, mas escolheu um que lembrasse da sua infância — nasceu no sertão baiano e teve uma cabritinha, de nome Sabrina. Ficou com mais perguntas, por exemplo, como controlar as “bolinhas” fisiológicas? “Ela pode fazer as bolinhas e algum xixi, dependo do tempo e emoção. Eu cato tudo, caso aconteça, mas eles também acionaram alguém da limpeza e pediram que eu não me preocupasse com isso”, diz. A alimentação dela é de grãos e capim desidratado, ou seja, as bolinhas são secas e podem nascer capim dali, praticamente um cocô ecológico.
O próximo passeio já tem data: eles receberam um convite para esta sexta (12/08), de Gisele de Paula, gerente de Operações do Museu de Arte do Rio (MAR). “Além de trazer mais cor para minha vida, a Rebeca tem a missão de incentivar a cultura e a arte, além de passar a mensagem de amor pelos animais. O universo ligou a gente de uma forma louca que, às vezes, nem eu acredito”, afirma Carneiro.
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