O artista plástico holandês Bram Reijnders inaugurou a mostra “Post-Paradise”, na antiga casa de Elis Regina, no Joá, nessa segunda (22/08), que começou às 15h e terminou às 22h, em evento produzido por Kessya Fernandes e convidados de Candé Salles.
Em vez de shows com palco e infraestrutura pesada, Seu Jorge tocava e cantava em meio aos convidados, deixando um clima “em casa”, prova de que o formato é bem mais interessante, emocionando geral com sambas antigos, a autoral “Felicidade”, com todos cantando junto, e clássicos da MPB, como “Retrato em branco e preto”, de Tom Jobim – aliás, o nome do filho de Bram, que vive há 20 anos entre Rio e Amsterdam, onde tem uma galeria de arte, é Tom, em homenagem ao compositor carioca que escreveu o Rio como ninguém.
A partir de fotos aéreas, o artista cria imagens que desafiam o olhar do espectador, manipulando digitalmente a realidade — e, assim, mostra um universo surreal bem mais bonito. Para composição da obra, ele usa como suporte restos de outdoors das cidades por onde passa, passa resina e prepara cada foto por 20/30 horas, para depois ser finalizada em seu ateliê na Holanda. Bram diz que seu trabalho é “um mix de destruição e luxo; glamour e decadência, como nos centros urbanos”.