Depois de o Congresso retomar, no início deste mês, o projeto de lei que inscreve o nome da psiquiatra Nise da Silveira no “Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria” (VET 25/2022), vetado por Jair Bolsonaro em maio, a psiquiatra Nise da Silveira (1905-1999) também foi incluída no “Livro de Heróis e Heroínas do Estado do Rio de Janeiro”, em projeto aprovado por Cláudio Castro, publicado no DO desta quinta (21/07).
A alagoana revolucionou o tratamento da saúde mental no País, sendo radicalmente contra as formas que julgava agressivas em tratamentos da sua época, como o confinamento em hospitais psiquiátricos, eletrochoque, insulinoterapia e lobotomia. Ela tratava os pacientes, alternativamente, com base na arte. Nise dirigiu, de 1946 a 1974, a seção de terapia ocupacional do Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, no Engenho de Dentro, onde revolucionou as terapias então aplicadas, incluindo atividades como pintura e modelagem.
Em 1952, fundou o Museu de Imagens do Inconsciente exatamente para preservar os trabalhos produzidos pelos pacientes, hoje com mais de 350 mil obras. Do acervo, saiu o livro “Imagens do Inconsciente”, filmes e exposições.