O artista plástico Hal Wildson, nascido no Vale do Araguaia, região de fronteira entre Goiás e Mato Grosso, hoje morando em São Paulo, fez a abertura da sua primeira individual no Rio, a “Re-Utopya”, na Galeria Movimento, no Baixo Gávea, nessa quinta (09/06). Seu trabalho já chama a atenção do circuito da arte. Ricardo Kimaid, dono da Movimento, é um entusiasta do artista.
“Re-Utopya” tem trabalhos dos últimos dois anos, com a pandemia, crise e aumento das desigualdades. “Foram anos longos e sofridos. Estar vivo hoje, podendo realizar essa exposição, é um sonho. Os últimos anos foram transitórios, em que decidi sair do Centro-Oeste e me aproximar do Sudeste”, diz ele, cujo vídeo do processo de criação da obra “Singularidades” (2020/2022) viralizou, com mais de cinco milhões de visualizações no Instagram. “Foi surpreendente porque pessoas de vários países se conectavam com a poesia do trabalho – cada um em seu lugar, mas todo mundo sente alguma coisa. Estou falando de ser humano, de nossa origem”, comenta. A obra está na mostra e é composta por 441 digitais do artista, que se misturam a registros do povo brasileiro.