A jornalista Luciana Fróes, grande especialista em gastronomia, tem o exemplar da “Manchete” de exatos 70 anos. Na capa, a jornalista e escritora Danuza Leão, quando ainda era modelo, em imagem das mais usadas para ilustrar homenagens, desde sua morte, no último dia 22.
A famosa foto na capa, com o título “Danuza conquista Paris”, é assinada por Oldar Fróes da Cruz, pai de Luciana, advogado que adorava fotografia. “Meu pai conheceu Danuza pouco depois de ela ter chegado ao Rio, vinda do Espírito Santo. Esse momento foi um divisor de águas na vida dela. A foto feita por meu pai virou meio icônica; ele também fez o ensaio lindo das páginas de dentro. Fiquei emocionada quando a revi em vários posts e veículos”, diz Luciana.
A revista chegou às bancas em 4 de outubro de 1952, edição de número 24, que Adolpho Bloch lançava para concorrer com a então poderosa “O Cruzeiro”. A reportagem era assinada por Carlos Moreira e começava com a frase “Danuza Leão é uma dessas criaturinhas que sempre exigem um adjetivo”. O texto fala que Danuza, então aos 19 anos, estava em uma festa de Jacques Fath, num castelo em Coberville, quando o famoso costureiro se encantou pela brasileira e lhe ofereceu um contrato de 100 mil francos mensais (nos dias atuais, mais ou menos R$ 550 mil).