A psicóloga Robertha Blatt escreveu o livro “Arte Aproxima” depois do sucesso da exposição homônima no Museu Nacional de Belas Artes de outubro de 2018 a janeiro de 2019, onde o principal era a interatividade do público, principalmente crianças e jovens, com o museu em si, defendido por ela como espaço incentivador da saúde. O lançamento foi nessa terça (24/05), na Travessa do Leblon, com roda de conversa formada por mais de 30 pessoas.
Robertha, com 20 anos de atuação como terapeuta infantil e de família, teve a ideia do projeto em seu próprio consultório, onde dispõe de desenhos e colagens, como lápis, papel, argila e materiais de reciclagem — nas quais ela, as crianças e os pais trabalhavam em conjunto. A partir daí, ela saiu da sua sala para usar os museus como espaços de promoção da saúde mental. “No consultório, a arte promovia uma abertura para o paciente. No museu, então, as obras teriam que ser participativas, com apoio de uma equipe multidisciplinar, incluindo terapeutas, que pudesse auxiliar a experiência do visitante para integrar a experiência estética com a emocional”, diz.
Na fila, uma autora, tão serena quanto segura, autografando para os diferentes perfis: desde os assíduos do seu consultório quanto colegas de profissão ou amigos ali só pelo afeto. Convidada quis saber se a conversa coletiva estaria sendo gravada, pra assistir depois, fora daquele vaivém, de tão interessante lhe pareceu os personagens.