O advogado e historiador Antônio Seixas chama atenção para a lei assinada pelo governador Claudio Castro, candidato à reeleição, que transforma a famosa batata frita de Marechal Hermes, na Zona Norte, em Patrimônio Cultural Material do Estado: “Sendo bem material, não se pode mais comê-la, sob pena de perda do patrimônio. A lei é tão malfeita, que declarou a batatinha como bem cultural e não como produto de um modo de fazer. O certo seria registrar a prática como Patrimônio Imaterial, mas faltando pouco para as eleições, a boa técnica passa ao largo. É urgente que o Departamento de Patrimônio Imaterial do INEPAC e a Comissão Estadual de Patrimônio Cultural Imaterial comecem a trabalhar”.
O gesto caiu bem não só para os moradores da ZN, mas para os cariocas em geral, que comemoraram nas redes. O lanche é vendido há mais de 30 anos pelo comerciante Ademar de Barros Moreira, dono da ADM lanches, em um barraquinha em frente à estação de trem do bairro. A batata é servida em porções de até 3kg e turbinada com vários ingredientes e o lugar virou ponto turístico.