Depois de dias alagada, consequência da obstrução do Canal do Jardim de Alah, a pista da Lagoa foi totalmente liberada pelos funcionários da Comlurb, nesta quinta (26/05), dia de esplendor. É outono. A limpeza do acúmulo de lixo e água de 13 dias foi um pedido do biólogo Mario Moscatelli.
Embora agora esteja tudo lindo, o biólogo chama atenção para um fato: “Devido à prolongada inundação generalizada da Lagoa, consequência do assoreamento permanente no Canal do Jardim de Alah, houve uma grande redução do número de ninhos e ovos, principalmente das espécies de galinhas d’água (Gallinula galeata)”.
Segundo ele, os ninhos foram prejudicados pelo espelho d’água ter atingido os galhos baixos e intermediário das árvores de mangue, onde são construídos os ninhos. “Com 30 ninhos no total, houve uma perda de 83% em abril e maio, se comparado ao mês de março, momento em que foram encontrados 176 ninhos nos manguezais da Lagoa. Portanto os danos estão sendo monitorados e exigem providências dos gestores públicos a fim de não comprometer o longo processo de recuperação do ecossistema”, conclui. Outras espécies nativas dali, como os socós, estão a salvo por fazerem os ninhos no alto.