Durante anos, o prédio foi o Hotel Serrador, aberto em 1944, com 350 suítes. À época, era considerado o maior da América Latina. No primeiro andar, funcionava a boate “Night and Day”, nome inspirado na canção de Cole Porter. A boate era praticamente uma extensão do Senado Federal, localizado poucos metros à frente, no extinto Palácio Monroe.
Como o hotel era sempre muito requisitado, a boate também foi um sucesso; na década de 1970, o hotel e a boate fecharam. O filho de Francisco Serrador vendeu o prédio para a Petros (Fundação Petrobras de Seguridade Social), que deixou por anos a estrutura da ‘Night and Day” intacta. Com a chegada do novo século, o prédio foi comprado pela rede hoteleira Windsor, que lançou, em 2009, offices nos antigos quartos do hotel. O empresário Eike Batista alugou o prédio inteiro para abrigar suas empresas e 3 mil funcionários. Seu escritório ficava na cobertura do Serrador. Com a falência de suas empresas, o prédio ficou vazio por anos. É um raro caso de um edifício lindo por fora e conservado por dentro.
Agora, o Serrador, que pertence ao Grupo Sued, está pronto para reabrir as portas para novas empresas. São 24 andares e 21.000 m2 de área total. Cada pavimento tem quase 900 m2 e está sendo alugado por cerca de 49 mil reais (55 reais o metro quadrado) pela Sérgio Castro Imóveis. O repaginado Serrador é isento de IPTU e conta com heliponto, seis elevadores informatizados, gerador de energia, fachada em mármore travertino, auditório, um hall espetacular e uma vista de tirar o fôlego para o Pão de Açucar e a Baía de Guanabara.
O Serrador reabrirá assim que o primeiro andar for alugado; o Rio espera que esse dia chegue logo. Tive o prazer de visitar o Serrador e conhecer todo o seu interior com o fotógrafo Leonardo Martins, que fez esses registros.