Há três dias, a Comlurb trabalha intensamente, tirando dezenas de caminhões lotados de gigogas da praia da Barra. Segundo estimativas do biólogo Mario Moscatelli, até esta quinta (21/04), foram 220 toneladas, e a previsão até o fim do dia é de mais 80. Como publicamos aqui, Mario apontou o problema antes de acontecer e, a dois dias do carnaval, com ocupação hoteleira a quase 90% (dados da Riotur), as gigogas ultrapassaram a ecobarreira do Itanhangá, que foi rompida. “Temos duas situações: o poder público tem que dar um jeito, começar o recolhimento das gigogas antes de passar pela barreira porque ainda vai descer muita planta; e segundo, colocar uma vigilância durante a noite para que o ato de sabotagem não se repita durante o feriado, senão vão chegar mais milhares de toneladas até a Barra”, diz Mario.
O mais surpreendente, mesmo com a água esverdeada e areia cheia de gigoga e lixo, é que nada abala o carioca ou o turista: tem muita gente na praia. O excesso dessa vegetação se multiplica de forma acelerada, em águas muito poluídas, como aconteceu inicialmente nas lagoas da Tijuca e de Jacarepaguá e, quando chegam ao mar, já estão mortas. “Nada abala os intrépidos surfistas. Água podre, lixo e gigoga — nada impede nossos atletas!”, diz Mario.
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