Uma ida ao circo é uma experiência de vida, de festa, de emoção, de magia. Tudo parece tão simples, tão fácil de fazer. E o medo do perigo? Alguém pode cair, errar, um animal pode fugir… Ai, meu Deus! Prende a respiração, suspira fundo. Bate palminha até as mãos ficarem vermelhas. É um prazer nunca mais acabar. E quando o circo conta uma história liiiiinda de amor? E quando tem as músicas mais bonitas que se podem ouvir? Tudo isso está em “O Grande Circo Místico”.
Com dramaturgia de Newton Moreno (“As Centenárias”, “Jacinta”, “Agreste”, “Maria do Caritó”) e Alessandro Toller e direção de João Fonseca, o espetáculo ainda conta com as canções de Chico Buarque e Edu Lobo, compostas originalmente para o Ballet do Teatro Guaíra. Elas servem de pano de fundo às aventuras e desventuras do casal Frederico (Gabriel Stauffer), um aristocrata, e Beatriz ( Letícia Colin), a bailarina de um circo.
Chico e Edu criaram um melodrama típico de circo para falar exatamente sobre o circo. O estilo circense não foi somente uma linguagem encontrada para contar a história: o circo aqui é a essência, é a história. O mais difícil foi fazer com que as músicas, todas lindas e muito complexas, tivessem função dramática. “Elas aparecem na dramaturgia de forma orgânica, complementando o texto falado”, diz João Fonseca, o diretor.
A peça conta a história que se debate entre a vida, representada pela fé e animação dos personagens circenses, e a morte e a guerra, que sangra e mata. Vendo os maravilhosos figurinos, ouvindo as canções que narram os episódios, a vontade é de fazer como nos sonhos: despir-se de tudo e ir atrás do circo.
Serviço:
www.espetaculosonline.com.br