Desde o dia 29 de janeiro, data em que Yves Saint Laurent fez seu primeiro desfile, aos 26 anos, em 1962, as criações do gênio da costura ocupam a coleção permanente de seis museus da cidade. Louvre, Centro Pompidou, Museu d’Orsay, Picasso, Museu de Arte Moderna e o próprio museu fundado em homenagem a Saint Laurent fazem uma grande retrospectiva da obra do costureiro, que morreu em 2008. A exposição fica em cartaz até o dia 15 maio.
Os figurinos icônicos são apresentados ao lado de obras de grandes nomes da arte clássica e contemporânea, um diálogo entre a moda e a arte, sempre uma fonte de inspiração para ele. No Pompidou, por exemplo, os curadores colocaram os vestidos entre as obras de arte contemporânea, com destaque para o vestido Mondrian, uma de suas criações mais famosas. “A marca já celebrou tantos aniversários (…). Desta vez, queria fazer algo diferente”, disse o presidente da Fundação Pierre Bergé-Yves Saint Laurent, Madison Cox, à AFP.
O Museu d’Orsay escolheu seu Salão do Relógio, em pleno centro da antiga estação de trem, para apresentar os vestidos que o estilista criou para um baile da baronesa de Rothschild. Na galeria de Apolo, no Louvre, exibe-se uma criação que se transformou em um autêntico fetiche do estilista: um vestido que Saint Laurent criou nos anos 1960 e que não parou de fazer novas versões ao largo de sua carreira.
O Museu de Yves Saint Laurent optou, porém, por apresentar 350 esboços do costureiro, nos quais é possível apreciar sua maestria no desenho e na cor.
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A semana da alta-costura, que acabou na última semana, levou glamour e a elegância pra as passarelas parisienses. Selecionei os desfiles das marcas preferidas das brasileiras e o desfile da Schiaparelli por sua modernidade nas formas e modelagens.
Virginie Viard, diretora de criação da Chanel, encontrou várias anotações de Karl Lagerfeld com detalhes de bordados e silhuetas e criou uma coleção construtivista como Karl amava. A entrada de uma princesa real, Charlotte Casiraghi, em seu cavalo, no Grand Palais Éphémèré, foi impactante, mas criou um certo desconforto nas redes sociais, ou seja, não foi unanimidade a escolha do animal para participar do desfile.
Para a Christian Dior, a diretora criativa Maria Grazia escolheu um paleta de cores cristalizantes em preto, cinza e bege, acrescentando bordados, valorizando o trabalho manual dos artesãos do ateliê.
Valentino — o diretor criativo Pierpaolo Piccioli criou uma coleção baseada na anatomia do corpo feminino e fez um lindo desfile, além de inclusivo com mulheres de várias idades e tipos. Alegando que o corpo se modifica através da idade, sem deixar de perder sua essência de beleza, construiu, de forma magistral, looks que se adaptam a várias mulheres. Bravo!
Schiaparelli — foi um show de modernidade, compromisso com o futuro, reeditando o passado com novas técnicas criadas para a construção de silhuetas totalmente inusitadas e deslumbrantes. Ponto para Daniel Roseberry!
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