Quem imaginaria que, depois das redes sociais, além de uma vida exposta, teríamos uma ferramenta tão sofisticada que possibilitaria uma interação quase real neste universo? Sim, bem-vindos ao futuro com o metaverso.
A tecnologia nos permite ter um avatar que gesticula como nós, que se veste como gostamos e que ainda se relaciona social e profissionalmente. E esse mercado cresce de uma forma exponencial – até grifes, como Gucci, Chanel e Balenciaga, lançam coleções para esse universo e alcançam preços do mundo real.
A forma híbrida de trabalhar expandiu-se para inúmeras possibilidades, e podemos nos relacionar através de um avatar tanto profissional como socialmente. Hoje podemos, por exemplo, estar em São Paulo ao mesmo tempo em que o nosso avatar está num jantar com amigos em Tóquio.
Espaços assim já estão sendo oferecidos no mercado virtual, com móveis de designers, até mesmo papéis de parede e estampas de tecidos exclusivos. O projeto de uma casa está nesse universo virtual — com óculos, podemos andar e sentir todos os espaços e de forma mais precisa e incrivelmente real, mesmo estando em um outro continente. Hoje podemos ver uma casa, comprar ou entender um projeto sem precisar estar fisicamente no local. A princípio, tudo que é novo nos assusta, mas, no final, somos invadidos pela maravilhosa sensação de aventura com novas descobertas.
Perguntamos ao advogado Rodrigo Loureiro, especializado em Direito Corporativo, que trabalha entre São Paulo e Paris, como ele se relaciona com o metaverso no trabalho e em casa. “Moro entre dois países há algum tempo, e sempre levo o Brasil para onde vou, tanto no trabalho como na minha casa. O metaverso é a possibilidade de unir vários universos, com praticidade e dinâmica, além de dar um impulso enorme no “metworking”. Já existem hoje sedes virtuais em vários escritórios. O modelo híbrido não é mais casa ou trabalho, mas de um país, um continente para o outro. Podemos participar de uma reunião, ver, estudar e até mesmo fechar um contrato no metaverso, com várias outras pessoas”.
E continua: “O metaverso facilitará tudo. Já, em casa, essa tecnologia se comporta como uma sala de visitas para receber amigos. Poderia estar na minha casa real, jantando com amigos informalmente e receber, ao mesmo tempo, outros amigos do trabalho na minha casa do metaverso no sul da França, por exemplo. Além de unir vários universos, ele cria imensas possibilidades a serem exploradas. Isso é sempre muito positivo, e o futuro nos aguarda. Como advogado, vejo que teremos regulamentos para ordenar os novos costumes nos infinitos universos”.