Na posse dos 50 integrantes da recém-criada Academia Brasileira de Cultura, na sede da Fundação Cesgranrio, no Rio Comprido, só faltou alguém dizer “luz, câmera, ação”, tal o vaivém de artistas. E chegavam nomes, como Christiane Torloni, Beth Goulart, Lília Cabral, Ney Latorraca, Rosamaria Murtinho, Stepan Nercessian, Eriberto Leão, entre outros de destaque na cultura em outras áreas. E, ainda, jornalistas como Fátima Bernardes.
Todos de fardão vinho e dourado, feito pelo Instituto Zuzu Angel, sob o olhar da diretora, a jornalista Hildegard Angel, representando o amor e a riqueza de espírito. Diferentemente do que acontece na Academia Brasileira de Letras, é bancado
pela própria ABC. A abertura foi feita pelo seu presidente, Carlos Alberto Serpa, o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, o deputado federal Marcelo Calero, a atriz Christiane Torloni e o imortal da ABL Arnaldo Niskier. Em seguida, discurso em ordem alfabética.
Depois de algumas horas, Dom Orani abençoou a Academia Brasileira de Cultura, “respeitando a diversidade religiosa de cada um”, pedindo proteção aos acadêmicos e suas famílias. Na sequência, veio o hino da ABC, criado pelo poeta Welton Moraes e pelo maestro Cyrano Salles, cantado por Taty Caldeira e, depois, a cantora Carla Rizzi e o violinista Willian Isaac apresentaram “Habanera”, da ópera Carmen de Bizet, e a música “Deixa a vida me levar”, com palinha do Zeca Padoginho, um dos acadêmicos. “Vejam aonde o samba chegou”, disse ele, emocionado, no seu fardão de gala.