A Danielian Galeria, na Gávea, vai começar a emitir certificados digitais na venda de seus trabalhos já no início de 2022, passando a ter 100% dos negócios registrados como NFTs (tokens não fungíveis). As primeiras obras a terem a inovação são as dos artistas Geraldo Marcolini, Glauco Rodrigues (1929-2004), Anna Bella Geiger, Jorge Guinle (1947-1987), Josafá Neves, Manfredo de Souzanetto, Marçal Athayde e Nelly Guttmacher, nomes representados pela galeria. “À medida que as obras de arte forem tokenizadas, elas passarão a ter uma certificação de domínio público, uma validação muito mais segura do que a existente em uma folha de papel, que independe de registros em cartório, e, portanto, está mais sujeita a falsificações. A tokenização garante, assim, o direito de sucessão das obras para os artistas ou suas famílias”, explica Ludwig Danielian, sócio-diretor da Danielian Galeria, junto com seu irmão, Luiz Danielian.
A iniciativa lança no mercado a ferramenta Pixway, da Tropix, empresa de arte digital liderada por Daniel Peres Chor — que também é diretor de inovação e herdeiro do grupo Multiplan — e que desde sua criação, há quatro meses, já conta com US$ 2 milhões de investimentos (cerca de R$ 11 milhões). “A operação da Pixway começa naturalmente com uma aplicação para o mercado de artes, onde já temos nosso marketplace que é a Tropix. Com a Pixway queremos ser uma espécie de cartório para as galerias e para os artistas, tanto no mundo online quanto no mundo offline”, diz Chor.