Os moradores do Horto estão às voltas com a manifestação, neste sábado (06/11), contra o projeto de expansão do campus do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), na encosta das ruas Barão de Oliveira Castro e Marquês de Sabará, segundo os organizadores, “um crime ambiental legalizado”.
A concentração vai ser a partir das 11h, na padaria Mercato Mix, na esquina da Barão com a Pacheco Leão e, de lá, vão caminhar até o terreno, para abraçar, simbolicamente, a rua, apresentar detalhes do projeto para quem não conhece e produzir dois abaixo-assinados – um contra a obra e outro para protocolarem na CET-Rio contra a retirada de mais de metade das vagas das ruas citadas.
Segundo o “JB em folhas”, jornal feito por e para moradores do bairro, o terreno, de 251.824 m2, foi doado ao IMPA em junho de 2014 e, à época, o diretor da instituição, César Camacho, discutiu com os moradores o futuro projeto e teria acordado que a expansão do campus seria em área próxima à já existente. No entanto, o escritório Andrade Moretti Arquitetos e Associados, de São Paulo, selecionado por concurso, não levou isso em consideração. Em abril deste ano, começaram a ser construídos quatro pavilhões, um deles com 129 unidades – com capacidade para quase 200 pessoas, para estudantes e pesquisadores, além de estacionamento para mais de 100 carros. O projeto inclui soluções sustentáveis, que vão de teto verde e energia solar ao reúso das águas da chuva, mas deixou de lado o impacto que os moradores podem sofrer, não só com as obras, mas também com a presença de tantos novos moradores e visitantes.
“É um projeto enorme, que não respeita o meio ambiente, pondo abaixo mais um trecho de Mata Atlântica que foi, infelizmente, licenciado pela Prefeitura”, diz o convite da manifestação, que, pelas redes sociais, marcam nomes como o prefeito Eduardo Paes, o deputado estadual e ambientalista Carlos Minc, e até o senador Randolfe Rodrigues.