A Câmara aprovou, nessa quinta (26/08), o Programa de Implantação de Fundos Artificiais para a conservação da biodiversidade marinha, o que significa que o Rio poderá ter recifes artificiais para proteger a orla e incentivar esportes aquáticos. Um dos autores da lei, Carlo Caiado, explica que essa tecnologia é estudada pela COPPE/UFRJ e usada na Índia, Austrália e EUA, para a interferência na dinâmica aquática, com a alteração nos padrões de ondas para a prática de surfe ou outros fins, como proteção da orla marítima contra processos erosivos. “Precisamos evitar o que aconteceu na Praia da Macumba, quando as ondas invadiram a praia e destruíram o calçadão. Com a implantação dos fundos artificiais, conseguiremos arredondar as ondas, o que trará benefícios não só para a prática esportiva, mas também para o turismo e meio ambiente”, disse Caiado.
O biólogo Mario Moscatelli é entusiasta: “Não vejo problema. Desde que selecionada a área adequada e a estrutura afundada devidamente preparada, os resultados positivos são indiscutíveis para o ambiente a nível de criação da fauna como para o ecoturismo de mergulho. Toda a costa da Flórida é um cemitério de naufrágios por acidente ou induzidos e geram muito turismo”.
De acordo com a proposta, além de Estudos Prévios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) para a instalação dos recifes, o Poder Público deve criar um grupo de trabalho com a participação de órgãos ambientais, navegação marítima e entidades da sociedade civil com reconhecida atuação nas áreas do meio ambiente, turismo e esportes náuticos para elaborar documento orientador com os locais prioritários para implantação dos fundos.