Não sei você, mas minha vontade de viajar para o exterior anda cada vez maior! Minha última viagem foi em maio de 2019, para a Holanda, e não vejo a hora de isso tudo terminar para poder me organizar para a próxima.
Eu já estava com tudo marcado para maio de 2020. Ia para a Suíça, encontrar minha filha mais velha, a Carol, que mora na Escócia. Aliás, desde que ela se mudou para lá, no final de 2015, é assim que matamos nossa saudade, nos encontramos em algum lugar do mundo nessa aventura só nossa!
Ela vem ao Brasil também para visitar toda a família. Ainda bem que esteve aqui no Natal de 2019, porque, desde então, ainda não nos encontramos de novo….
Mas… Por que estou contando toda esta história? É porque, essa semana, eu estava lembrando de quando ela foi fazer um intercâmbio lá em Oxford. Foi em 2013; a libra estava em torno de R$ 3,50! Isso mesmo: 3,50 reais! Estou falando aqui da cotação da Libra Turismo, aquela que compramos para viajar (que é mais cara, por sinal).
Como vocês devem imaginar, eu acompanho muito mais a libra do que o dólar e o euro, por motivos óbvios…. E ela já está custando mais de R$ 8,00 desde o ano passado, ou seja, há oito anos, ela custava em torno de R$ 3,50, e agora custa quase R$ 8,50.
Olhando nos meus controles, vi que cheguei a comprar libras, no cartão pré-pago, por R$ 3,48! Porque eu sou destas: todas as viagens planilhadas.
Em 2015, foi a outra filha, a Amanda, que fez o intercâmbio lá para Oxford. Dessa vez, o câmbio já tinha subido um pouco. Comprei libras por R$ 5,16, mas, no final da viagem, já estavam custando R$ 6,24.
Na minha última ida para a Grã-Bretanha, em janeiro de 2019, e, desta vez, com toda a família, pelos meus registros, a libra estava custando R$ 5,00. Então, a conclusão que podemos tirar é a de que, de janeiro de 2019 pra cá, a moeda britânica foi de R$ 5,00 para mais de R$ 8,00, uma subida incrível!
Éramos ricos (e felizes) e não sabíamos. Como empobrecemos nesses anos que passaram! Aliás, o euro hoje está mais de R$ 7,00 e o dólar, quase chegando aos R$ 6,00!
Sem contar que, por causa da desvalorização do real, além de estar mais caro viajar, ainda tivemos muito impacto aqui, no Brasil. Impressionante o aumento do IGP-M de quase 31% nos últimos 12 meses, principalmente devido à alta do dólar, que impactou o preço de vários produtos e insumos importados.
Ainda é preciso considerar o fato de que alguns exportadores nacionais conseguem receber uma quantidade maior de reais pela venda de sua mercadoria lá fora. Com isso, eles passam a cobrar um preço equivalente e mais caro por aqui também.
No final das contas, ficamos mais pobres tanto se quisermos viajar e gastar lá fora (quando isso for possível), quanto ao consumir aqui, no Brasil mesmo. Isso, sem considerar aqueles que perderam emprego e renda em reais por conta da pandemia… Complicada essa equação!
E você? Também vem sentindo esse empobrecimento no seu dia a dia?