A Semana de Moda de Paris, que terminou nesta quarta (10/03), mostrou as coleções de inverno e, assim como todo o calendário de 2021, a edição aconteceu online por causa da pandemia, sem presença de plateia e convidados e com vídeos previamente produzidos. Selecionei alguns desfiles para vocês!
Chanel
Nessa terça (09/03), a grife recriou o ambiente de uma estância de inverno num coleção jovem, urbana e moderna, convidando a entrar no universo da mulher atual, que inspira Virginie Viard em toda nova coleção. A cada temporada, a diretora criativa traz uma simplicidade que encanta os fãs de Coco: a logo, o número 5, o tweed e a camélia.
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Dior
No Dia Internacional da Mulher (08/03), a Dior fez seu desfile na semana de moda virtual de inverno no Palácio de Versalhes, com as modelos no Salão dos Espelhos, sem que suas imagens fossem refletidas, como um conto de fadas, meninas como “Alice no País dos Espelho”, numa relação com a beleza, que excede a própria imagem. A diretora artística Maria Grazia Chiuri fez uma parceria com a artista italiana Silvia Giambrone e com a coreógrafa israelense Sharon Eyal na reinterpretação do espaço, símbolo do patriarcado inaugurado pelo rei Luís XIV.
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Schiaparelli
Para esta coleção de inverno, o diretor criativo Daniel Roseberry decidiu homenagear o corpo da mulher de uma forma mais evidente, com “acessórios”, como seios, orelhas, olhos, boca, lábios em looks superchiques em matéria-prima nobre.
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Thom Browne
Thom Browne, o estilista favorito de Michelle Obama, fotografou suas modelos na neve, com looks primorosamente exagerados e o rosto escondido atrás de uma máscara de esgrima, enquanto a coleção masculina era com modelos em corsets e saias volumosas. Thom construiu um curta-metragem em que misturava referências do cinema dos anos 1930, tendo como musa Lindsey Vonn, campeã de esqui dos EUA.
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Hermès
Um desfile com todas as referências da grife que, segundo a imprensa especializada, foi o melhor da diretora criativa Nadège Vanhée-Cybulski. As silhuetas com drapeados e plissados, os casacos de couro trabalhados, com botas longas inovaram o DNA da marca! A apresentação começou por Nova York, seguindo com o desfile em Paris, terminando com uma performance em Xangai (com alguns movimentos de artes marciais aos de dança de salão) no projeto chamado “Triptych”.
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Dries van Noten
Sempre poético, mostrou modelos dançando em passos leves, com vestidos de seda, drapeados com detalhes de estampas coloridas e geométricas. Lindo!
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Rick Owens
Como sempre, o estilista fez uma coleção de luxo underground, chamada de Getsêmani (uma referência ao jardim em Jerusalém onde Jesus Cristo teria feito suas orações na noite anterior à crucificação), com excessos nos volumes e proporções, mas tudo muito bem harmonizado. As modelos eram verdadeiras heroínas de um filme de ficção científica fashion! O desfile foi transmitido de um píer em Veneza, Itália, onde o estilista trabalha.
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Jil Sander
O casal Luci e Luke Meier, à frente da direção criativa da Jil Sander, apresentou uma mulher menos fria e intelectual, mais poderosa e ousada, em botas longas metalizadas, luvas e vestidos fluidos, silhueta moderna, às vezes ajustados, às vezes volumosos.
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Marine Serre
A marca apresentou a coleção “Core”, uma verdadeira homenagem à vida, à família e aos amigos, com looks sempre reciclados e supercools. A grife tem, entre suas clientes, Beyoncé e Adele, fãs do “upcycling”. “Este último ano foi difícil para todos, e não há dúvidas de que as coisas devem ser feitas de forma diferente. Queremos levar o ecofuturismo às ruas”, disse Serre, que reciclou tecidos e fios por três anos antes de criar a nova coleção.
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Giambattista Valli
Com a coleção de inverno, a grife festeja o futuro próximo, com vestidos curtos e silhuetas ajustadas — tudo muito jovem e cheio de atitude.
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Elie Saab
O estilista trouxe de volta o glamour em verdadeiras princesas, com seus vestidos de seda, organza, bordados, assim como terninhos ajustados brancos e imaculados. A cor predominante foi o preto, mas escolhi looks coloridos e femininos pra vocês.
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Chloé
Para seu primeiro desfile como diretora criativa da marca, Gabriela Hearst se inspirou em seu país natal, o Uruguai, para criar uma coleção totalmente em conexão com a moda durável, voltada para o futuro do luxo ético, levando a grife a uma nova era fashion. O desfile foi gravado pelas ruas de Saint Germain, em Paris. A estilista também pôs na passarela uma bolsa vintage decorada com retalhos de tecidos de coleções passadas, uma forma de “homenagear as diretoras-criativas que vieram antes de mim”, como ela disse em entrevistas. Uma série desses foi feita em parceria com a Sheltersuit, uma ONG que produz casacos para pessoas em situação de rua.
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Bacanérrimas as vitrines da Galeria Lafayette, que está fechada com a pandemia. Mesmo assim, foram criadas vitrines coloridas e cheias de otimismo para seus clientes não esquecerem que, apesar de tudo, temos que pensar positivo e, quando a gente olha o sorriso nos manequins, causa uma certa alegria!
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Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher (08/03), selecionei alguns grafites de rua dos muros da cidade criados pelas artistas Jaeraymie, Carolbcollage e Vic Oh.
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