A Prefeitura recebeu, nesta terça (02/02), uma proposta para um ato simbólico na Sapucaí, no domingo de carnaval (14/02). O documento foi entregue à Secretaria Municipal de Cultura pela direção do Museu do Samba. Nele está uma “lavagem espiritual”, feita por um grupo de baianas, como gesto de resistência e manifestação de esperança por dias melhores. Além disso, um casal de mestre-sala e porta-bandeira representaria todos os guardiões dos pavilhões das escolas de samba.
“Acreditamos ser importante marcar simbolicamente a data, até como ato de resistência à tristeza e à dor. Por isso, propomos que um grupo de cinco a dez baianas — de preferência, testadas e vacinadas — faça a lavagem espiritual da Passarela do Samba, com todas as regras e mantendo distanciamento”, diz um trecho do documento, assinado por Tiãozinho da Mocidade, presidente do Conselho Deliberativo do Museu do Samba.
Para Nilcemar Nogueira, fundadora do museu e neta de dona Zica e Cartola, o ato, além de exaltar a ancestralidade do samba, representaria um gesto de esperança. “Gostaria que o prefeito Eduardo Paes pensasse na simplicidade desse gesto simbólico pelo carnaval, pelo samba, pelo Rio e por todas as famílias que sofrem e sofreram por causa dessa doença. Seria o momento de ecoarmos o nosso axé pela cura”, explica Nilcemar.
Por Acyr Méra Júnior