O jornalista carioca Hermés Galvão, que deixou o Rio em 2015, morou um ano em Paris, dois em Barcelona e está há três em Portugal, desenvolveu, durante esta pandemia, aquela que considera sua principal ideia dos últimos tempos. Acaba de fundar a Memoir Editora para publicação de biografias de família: “São livros escritos por mim e feitos à mão pelo Estudio Bulhufas de Lisboa. A ideia nasceu há alguns anos, mas cresceu na pandemia e agora está pronta para acontecer.”
Hermés, jornalista há 25 anos, escreveu perfis de todo tipo de gente para todo tipo de mídia. Em 2019, voltou à universidade, em Lisboa, para cursar Psicologia, com especialização em Psicoterapia em Biossíntese. “Em aula e em processo terapêutico, entendi a importância dos ancestrais na formação e reforma de nossa personalidade e que os traumas eventualmente trazidos por eles têm a cura a partir do momento em que entendemos que eles fizeram o melhor que podiam — e que demos certo. Assim, uni minha experiência em biografar pessoas para revistas e jornais, como Vogue, GQ, Trip, Folha de S.Paulo, O Globo, aos ensinamentos da Biossíntese. Honrar os antepassados é perpetuar não só a história deles como também contar a nossa e perpetuar a vida”, diz ele, acrescentando que quer contar a história de quem a vida daria um livro: pais, mães, avós, clãs, seja do país que for.