Na praia de São Conrado, na Avenida Niemeyer, 769, foi erguida entre os anos de 1968 e 1972 a gigantesca torre cilíndrica do antigo Hotel Nacional, fechado em 1995. A guardiã desse edifício carioca, há 49 anos, é a icônica estátua de Sereia feita pelo escultor Alfredo Ceschiatti (1918-1989).
Depois de 20 anos abandonado, o icônico edifício, de 34 andares e 108 meros, projetado por Oscar Niemeyer (1907-2012), foi transformado no luxuoso Hotel Gran Meliá Nacional do Rio de Janeiro, pelo grupo brasileiro HN que desembolsou cerca de R$280 milhões (R$60 milhões para arrematar a construção em leilão e R$220 milhões nas obras).
O Hotel foi tombado pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, em 1998, por ser um dos símbolos da arquitetura moderna brasileira. Niemeyer foi um dos primeiros arquitetos a trazer para o Rio o conceito de fachada única, totalmente envidraçada.
Os 14 mil metros quadrados de área do terreno comportavam, na época do Nacional, uma linda piscina, jardins desenhados por Burle Marx, centro de convenções para 2.800 pessoas, teatro com 1.400 lugares, boate, cinco restaurantes e lojas. Depois de dois anos em obras, a propriedade foi finalmente restaurada com o lançamento do Gran Meliá Nacional Rio, em dezembro de 2016, aniversário de Oscar Niemeyer.
Todos os 413 quartos tinham decoração requintada e vista deslumbrante do entorno de exuberância natural, rodeado pelo mar, pelo morro Dois Irmãos e pela Pedra da Gávea. Mais uma vez o hotel não aguentou a crise. Fechou em março de 2018 e felizmente reabriu novamente um ano e meio depois como Hotel Nacional, nome que o tornou conhecido em todo o Brasil.