Na manhã deste sábado (16/01), centenas de pessoas, entre pedestres e ciclistas, participaram do protesto pela morte do ciclista Cláudio Leite da Silva, 57 anos, atropelado por João Maurício Correia Passos, capitão do Corpo de Bombeiros, na última segunda (11/010.
O percurso começou na Praça Tim Maia, no Posto 11, e seguiu até o local do acidente, na altura do Posto 10, onde se fez 1 minuto de silêncio e a reza do “Pai Nosso”, tudo com o apoio de agentes da Prefeitura. “Muita coisa no Brasil não muda, como os crimes no trânsito. Os elos mais fracos são ciclistas e pedestres e, no caso do Cláudio, uma pessoa alcoolizada assumiu o risco de matar alguém. Para evitarmos isso, acreditamos na educação das crianças. Têm que ter aulas nas escolas municipais, estaduais e particulares. A maior pandemia que temos, há décadas, é a violência no trânsito”, diz Raphael Pazos, fundador da Comissão de Segurança no Ciclismo do Rio.
Pazos também chama atenção para o aumento de pessoas que passaram a usar bicicleta desde o início da pandemia, há 10 meses. “Não só para esporte como também para lazer, turismo, mobilidade urbana e, principalmente, trabalho, com centenas de entregadores de aplicativos; e também os agentes públicos que fazem a ronda de bike. Poucas pessoas sabem, mas, pelo Código Brasileiro de Trânsito, o lugar de bicicleta é na via pública; as ciclovias, ciclorrotas e ciclofaixas existem apenas para dar maior segurança. Nossa luta é por mais educação, cumprimento e melhoria das leis”.
Raphael Lima, subprefeito de Jacarepaguá, também discursou, e prometeu uma reunião, na próxima quinta (21/01), com a CET-Rio e as secretarias de Transporte e Esporte para debater pautas para ações de melhoria para a modalidade.
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