O biólogo Mario Moscatelli, colaborador da coluna, foi conferir, neste sábado (16/01), uma prática recorrente: o derrame de esgoto na Lagoa Rodrigo de Freitas. Constatou o que acontece ali há 31 anos, desde que começou a atuar como “fiscal” informal dos absurdos que acontecem no ecossistema da cidade. “O esgoto jorra no canal do Jockey, em direção ao canal da General Garzon, e assim vai pela comporta até as águas da lagoa. Portanto, temos a receita perfeita para a mortandade de peixes, facilitada pelo verão e o nível baixo da lagoa”, diz ele, que já acionou as autoridades ambientais, sugerindo avaliar a Estação Elevatória de Esgoto (EEE) do Jockey, que, segundo ele, deve ter parado de funcionar.
“Isso porque é num dos lugares mais badalados da cidade fecal. São 31 anos acompanhando essa tragédia sem data para terminar. Aí, quando morrem peixes, geralmente a culpa recai sobre a vítima: a natureza, sempre a culpada. Inacreditável, em pleno século XXI, e tudo continua na mesma! Culpados?! Nunca houve! Somos um rotundo fracasso! A turma que frequenta a lagoa, passa por ali e parece ter se acostumado com o visual e o cheiro”, finaliza Mario.