Refletir sobre a nossa casa foi o foco deste ano e, no modo contínuo, pensar, agora, no Natal. Todas as circunstâncias relativas a essa data também estão se transformando: decoração, comemorações etc. A delicadeza deste momento inspira-nos a pensar também dessa forma. A decoração de Natal está associada, geralmente, a memórias afetivas, felizes, festividades, fartura, presentes e muita alegria.
Não que isso não deva mais acontecer, mas fomos forçados a ver o Natal de um modo mais consciente. Talvez esse deveria ter sido sempre o nosso olhar.
A decoração de Natal — antes, efusiva e com a casa toda preparada para grandes encontros — hoje vive uma realidade intimista. A decoração passou a ser também mais delicada e representativa. Para muitos, a religiosidade passou a ser o motivo real da data: lindos presépios no lugar de tantos Papais Noéis, flores no lugar de bolas e um lindo arranjo no lugar de várias árvores enfeitadas ao extremo. Algumas famílias até a substituíram por um lindo arranjo de orquídeas.
Aliás, nada mais elegante do que as nossas lindas e tropicais orquídeas. Decorar nossa casa para um jantar já é muito bom e, para uma festa tão especial como o Natal, melhor ainda.
Apesar de tantas mudanças, perdas e tristezas, devemos tirar, deste momento, sabedoria para adaptar-nos e seguir com as novas etapas da vida.
Perguntamos a Antonio Neves da Rocha, administrador de empresas de formação, mas que se transformou num dos melhores decoradores de festas do Brasil, o que o Natal significa neste novo momento: “Para mim, o chique do Natal sempre foi a fartura de coisas não materiais. Chique mesmo é doar, tipo aquela pessoa que discretamente deposita na conta de um parente necessitado e, na noite de Natal, comemora apenas com uma generosa ceia. Elegante é ser discreto e presentear de forma delicada. Nada mais constrangedor que escolher presentes melhores ou piores dependendo da pessoa. Presente, apenas para crianças, por favor! Sempre achei elegante a forma delicada e sutil de decorar a casa no Natal: um lindo presépio e uma linda ceia. Não gosto de fórmulas importadas, imitação de neve, pinheiro de Natal, mas arranjos de flores naturais, uma casa alegre, feliz e, principalmente, consciente. Vivemos um momento único, e a lição que tiramos disso tudo é que elegância, simplicidade, generosidade e discrição combinam muito bem!”