A praia de Copacabana foi o cenário da abertura do Rio Montreux Jazz Festival, nessa sexta (23/10), com show do grupo carioca A Cor do Som diretamente do terraço do Fairmont e transmitido ao vivo, gratuitamente, pela Internet e canais de TV Multishow e Bis.
A lotação do hotel para o fim de semana está esgotada — os hóspedes podem assistir a tudo das suas sacadas. Além do Rio, as apresentações acontecem de Los Angeles e Nova York. Entre os shows, o jornalista Zeca Camargo faz entrevistas nos bastidores de um estúdio fechado do hotel, com acesso restrito a poucos, afinal, estamos numa pandemia.
A única área aberta do hotel foi a piscina, num grande espaço onde foi montado um palco e um telão para a transmissão das atrações não presenciais. Por ali, circulavam os convidados de Duda Magalhães, presidente da Dream Factory, uma das produtoras do evento. “São dois mercados que aquecem a economia da cidade: entretenimento e turismo. Com um evento virtual e gratuito, temos a possibilidade de atingir novos públicos — pessoas que moram em outros países, ou seja, democratizando o acesso à música e ao jazz”, diz Duda.
A programação de abertura também teve homenagem a Luiz Gonzaga, com Mestrinho, Michel Pipoquinha e Marcos Suzano, e show de João Donato tocando bossa, jazz e salsa. A diva do soul, Macy Gray, encerrou a noite direto de Nova York. O festival suíço — que faz 42 anos e é realizado pelo segundo ano consecutivo no Rio, a única cidade do mundo a recebê-lo além de Montreux — segue até domingo, com um total de 23 atrações.
Uma tradição do evento é a criação do cartaz, que este ano foi assinado por Vik Muniz — o artista criou instrumentos em cores e formas lúdicas junto com as crianças da Escola do Vidigal. Se liga: entre as atrações deste sábado e domingo (24 e 25/10), show de Milton Nascimento, de sua casa em Belo Horizonte (MG), além de Toquinho, Yamandu Costa, Hamilton de Holanda e Amaro Freitas e, entre os internacionais, estão Christian Scott, Anat Cohen, o coral Sing Harlem e Stanley Jordan.