Se você é uma pessoa distraída, arranje logo uma desculpa para não frequentar eventos no pós-pandemia. Vai ser dificílimo reconhecer até os amigos: só mesmo pela troca de olhares, algum trejeito, enfim, melhor fazer um curso de leitura corporal com PHD. Nesse fim de semana, não rolou essa saia-justa, apenas um tempo extra para os “obas, olás e cotoveladas de leve” na abertura das mostras inéditas “Enquanto” e “Livros e Arte”, na Casa Roberto Marinho, no Cosme Velho. A primeira, com trabalhos de Carlos Vergara, Luiz Aquila e Roberto Magalhães (os dois últimos estavam por lá), com curadoria de Lauro Cavalcanti, e 50 obras no térreo do instituto.
Muitos convidados adoraram as luvas descartáveis entregues na entrada, com efeito “dois em uma”, para prevenir qualquer queda de mão em superfícies suspeitas e, principalmente, para “folhear” a segunda mostra, “Livros e Arte”, com 149 trabalhos de nove artistas, no andar superior, com curadoria de Leonel Kaz.
Parte dos livros organizados pela UQ! Editions — em publicações sobre os trabalhos de Antonio Dias, Ferreira Gullar, Frans Krajcberg, Leo Battistelli, Luiz Zerbini, Paulo Climachauska, Pedro Cabrita Reis, Roberto Magalhães e Wanda Pimentel — podiam ser tocados e admirados. “Cada sala é consagrada a um artista, e os livros exibidos evidenciam o envolvimento físico de todos eles, num processo extremamente artesanal. A mostra revela a reinvenção desses grandes criadores através da arte gráfica. Aliás, esta exposição comemora as mais diversas expressões da arte gráfica no Brasil”, afirma Kaz.
Na última semana, publicamos todos os detalhes da mostra — clica aqui.