Clarice Niskier estreou “A esperança na caixa de chicletes ping pong” nessa quinta (06/08), no Petra Gold, no Leblon, dentro do projeto “Teatro Já”, que tem levado o palco para a casa das pessoas e ajudado a quem trabalha na coxia e ficou desamparado com a pandemia. A atriz ficou muito emocionada porque, além de ter voltado a atuar em novo formato, perdeu o pai, de 94 anos, para a Covid-19.
O texto de Niskier é inspirado na obra de Zeca Baleiro, com supervisão de Amir Haddad, e faz uma declaração de amor à cultura popular brasileira, com 59 músicas do cantor e compositor maranhense (trechos e íntegras) e fragmentos de textos de Sérgio Buarque de Holanda, Ferreira Gullar, Eduardo Galeano, Hélio Pellegrino e Oswald de Andrade.
Na plateia, estava a atriz Cristina Flores, que levou flores a Clarice, assistiu à peça e depois começou o ensaio da inédita “Todos os homens do mundo”, que estreia nesta sexta (07/08), na mesma sala. Trata-se de uma peça-instalação sonora, em que Cristina dubla a voz de atrizes consagradas do teatro e cinema, um espetáculo de ficção científica que se passa em 2228, depois do fim do patriarcado, quando todos os homens morreram, uma espécie de épico feminista.