José Celso Martinez Corrêa, um dos fundadores do Teatro Oficina, pede ajuda à classe artística depois de perder a casa onde guardava todo o seu acervo, no Bixiga, em São Paulo, no dia 21 de junho, quando sofreram despejo sem aviso prévio. Nesta quarta (08/07), foi lançado o manifesto “S.O.S. Teat(r)o Oficina”, pedindo ajuda. “Estávamos, há mais de 15 anos, no espaço, que, além de ser nossa casa de produção, guardava grande parte do acervo dos quase 65 anos da companhia. Realocamos tudo dentro do teatro, na Rua Jaceguai, 520, que não comporta tudo com os cuidados necessários”, diz o texto, enumerando os artigos: material gráfico, fitas-cassetes, cartazes, peças de roupa de Lina Bo Bardi, roteiros, cadernos de anotação do próprio Zé Celso.
A propósito, desde março, o Oficina está fechado, e a situação financeira piorou com a suspensão das peças que estavam em cartaz: “Roda Viva”, sucesso absoluto, e “O Bailado do Deus Morto”, que começava a temporada. Por isso também criaram o “Proteja o Teatro Oficina”, em campanha de financiamento coletivo.
“Também é muito importante esse movimento pela preservação do acervo; por isso, pedimos a ajuda de instituições e organizações. Estamos de novo no olho do furacão, mas o teatro é uma força de vida capaz de atravessar todas as tragédias e combater todas as pestes, mas ela só vinga se for coletiva!”
O Oficina está em cena nas lives, com várias peças, e prepara a montagem de “Macumba Antropófaga” para arrecadar fundos.