Os mais de 60 músicos da Orquestra Petrobras Sinfônica vão fazer teste para a Covid-19 antes das apresentações na Cidade das Artes, na Barra, neste fim de semana (17, 18 e 19/07) — sem público, claro. Depois de quatro meses em isolamento social, o número de integrantes será reduzido para até 30 por dia; apenas os abaixo de 60 anos, todos com máscara — com exceção dos instrumentos de sopro. Neste caso, os músicos vão ter chapas de acrílico, além da limpeza constante de todos os instrumentos.
São oito concertos das séries Djanira, Portinari, Convidados Clássicos, além do pop Bohemian Rhapsody (Queen), com doações para o Retiro dos Artistas, a Cesta Somlidária e Escola de Música da Rocinha. “Valorizar a cultura ímpar de nosso continente e estreitar laços que nos unem de forma indelével eram desejos antigos, agora traduzidos em realidade”, afirma Isaac Karabtchevsky, diretor artístico e regente, de 85 anos, que vai participar de forma remota, contando curiosidades das obras apresentadas.
A orquestra também vai receber a harpista Cristina Braga, nome forte do instrumento no Brasil e no mundo, na sexta (17/07). Todos os sete concertos terão regência de Felipe Prazeres. “Neste momento, em que os teatros permanecem fechados, a transmissão ao vivo vai fazer com que a gente volte a se aproximar do público, mesmo de forma remota. Sinto-me muito honrado de estar à frente de todos esses concertos, e estou morrendo de saudade de poder tocar, reger e levar arte para as pessoas”, diz ele.