“Há 11 anos fiz uma reportagem especial para o JB sobre “a roleta russa da Aids”, pessoas que organizam e participam de festas para disseminar o HIV. Sim, há isso. O movimento, inclusive, ganhou um documentário chamado “The gift” (“O presente”). Nos encontros, denominados “conversion parties”, os convidados se dividem em bug chasers (caçadores de vírus), o HIV negativo que se lança ao sexo sem camisinha, e gift givers (doadores do presente), soropositivos que se dispõem a contaminar um negativo.
Entrevistei participantes, ingressei em duas festas desta natureza, falei com infectologistas e especialistas em direito penal. Agora, estão reproduzindo com o coronavírus o mesmo conceito da prática “barebacking”, expressão usada em rodeios para designar os caubóis que montam a cavalo sem sela ou a pêlo. Por analogia, o termo começou a ser usado internacionalmente como uma gíria para o sexo sem camisinha, praticado de preferência em grupo, em festas fechadas, por pessoas sorodiscordantes. Há uma degenerescência moral na humanidade sem precedentes neste triste momento em que nos encontramos.”
Universitários de Tuscaloosa (Alabama, EUA) estão à frente das ‘Covid Parties’, pra ver quem pega o coronavírus primeiro. A denúncia foi feita pela vereadora Sonya McKinstry, em matéria recente da ABC News.