A comunicação política em tempos modernos é assim: lavação nas redes sociais. Nesta quinta (02/07), o senador Flávio Bolsonaro e o presidente do PSDB no Rio, Paulo Marinho, ex-amigos, foram protagonistas de uma troca de mensagens. O filho do presidente começou dizendo: “Realmente, eu devo ser muito gostoso… Ainda nem fui ouvido, e o cara já pediu a quebra de sigilo do meu advogado… Isso devido a uma fofoca do meu suplente de senador, Paulo Marinho, também conhecido como ‘tiazinha do pulôver’, que eu teria recebido uma informação sigilosa. Um vazamento já negado, inclusive, pelo desembargador do TRF-2, responsável pelo caso”, escreveu, sobre a operação Furna da Onça, que desvendaria o esquema das rachadinhas e a participação de Fabrício Queiroz no esquema.
Paulo Marinho, por sua vez, respondeu: “Não me permito debater com quem tem tanto a explicar para a Justiça, mas, como você me convidou para ser seu suplente e conselheiro, fica aqui uma dica: melhor não pagar de ‘gostosão’ com os investigadores do Ministério Público Federal, porque eu e você sabemos o que você fez no verão de 2018. Você sabe que as informações que essa quebra de sigilo revelará sobre a localização dos seus assessores, durante o 2º turno das eleições de 2018, vai mostrar com clareza a veracidade do que você me relatou quando veio chorando à minha casa pedir ajuda. Quanto aos pulôveres: quem aprecia muito o meu bom gosto é o seu pai, a quem eu presenteei com três e nunca mais os tirou. Em relação à referência homofóbica, espero que não crie mais problemas familiares para o senador”.
A propósito, o MP do Rio intimou, nesta quinta (02/07), Flávio e sua mulher, Fernanda, para prestarem depoimento na próxima semana, na investigação sobre a “rachadinha”, a devolução de salários no seu antigo gabinete na Alerj, uma convocação do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc).